A baiana mais arara.
Staël usou uma baiana criada por Marcílio Campos, costureiro pernambucano, bicampeão do Carnaval Carioca. Ainda este ano ele foi o autor da fantasia “Isabel, Rainha de Portugal”, com a qual Denise Zelachetti ganhou o primeiro prêmio no Municipal e em Quitandinha. A revista O Cruzeiro - através de seu repórter Ubiratan de Lemos, e dos fotógrafos Jean Solari e Hélio Passos - fez uma matéria no nº 40 de 15 de julho de 1961, cujo título era “Rio Viu Primeiro a Baiana Staël”; onde levaram Staël pelas ruas do centro do Rio de Janeiro, vestida com a baiana de Marcílio. Note a importância do traje, que mesmo Staël sendo mineira, já se confunde com sua baiana.
Marcílio fez este traje em tela cristalizada. A seguinte descrição do traje foi escrita pelo Ubiratan Lemos: “Amarelo-ouro com babados plissados e, sobre estes, camada de babados de bico de seda branca, rebordados com paillettes dourados. O matame tem contornos dourados; as sandálias, de 16 cm de salto, com detalhes em verde-bandeira. E ainda um chale em cetim verde, com turbante no mesmo cetim e adorno de plumas verdes e vermelhas. Completam a baiana bolas de ajoufo verdes, vermelhas e douradas, colares, pulseiras, no mesmo tom tricolor. Os brincos são argolas douradas. É a baiana mais arara, em bom estilo, dos anais do Concurso de Miss Brasil.”
Foto: 1 - Capa da revista O Cruzeiro. Foto de Indalécio Wanderley; 2 - Foto de Jean Solari, O Cruzeiro.
Um comentário:
Olá Raimundo. Não sou de me levar por julgamentos alheios, tenho opinião própria, e sendo assim, confesso que as baianas mais bonitas para mim foram as de Adalgisa, Vera Ribeiro, Gina MacPherson e Staël Abelha. A de Teresinha Morango parece muito bonita, mas não tenho como avaliá-la, pois a única foto que conheço dela em traje típico é esta e ela está sentada, se bem que eu tenho uma em que ela está em pé, ofertada pelo nosso amigo Evandro, mas não dá para ver nada. Abraços.
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