quarta-feira, 11 de julho de 2007

Emília Barreto Corrêa Lima e Marcel Proust


Em 1985, iniciei uma encantadora viagem pela mundo literário do grande romancista francês Marcel Proust. Passei quase um ano lendo e sorvendo cada palavra, palavra por palavra, de todos os sete sublimes volumes de sua maior obra, que se chama "Em Busca do Tempo Perdido".

Quando meu amigo Djani falou-me que faria um passeio em Fortaleza com Emília - sendo fotografada por Iratuã Freitas -, numa reportagem para o jornal "O Estado"; pelos lugares mais importantes de sua vida nesta capital, lembrei-me imediatamente das principais idéias de Proust e reli o final do primeiro volume, "No caminho de Swann", com tradução de Mário Quintana, que diz:

"A realidade que eu conhecera não mais existia. Bastava que a Sra. Swann não chegasse exatamente igual e no mesmo momento que antes, para que a avenida fosse outra. Os lugares que conhecemos não pertencem tampouco ao mundo do espaço, onde os situamos para maior facilidade. Não eram mais que uma delgada fatia no meio de impressões contíguas que formavam a nossa vida de então; a recordação de certa imagem não é senão saudade de certo instante; e as casas, os caminhos, as avenidas são fugitivos, infelizmente, como os anos."

Foto de Iratuã Freitas. Emília aparece onde antes ela morava, na Rua Carapinima.
Agradeço ao Djani Pinheiro Landim pelo contato com o fotógrafo e em especial ao grande amigo Henrique Sérgio de Araújo Batista que me presenteou com o primeiro volume da obra de Proust.
Por coincidência eu nasci na Avenida Carapinima, uma extensão da Rua Carapinima, onde morei por muitos anos de minha vida.

Nenhum comentário: